Bruna Alves Wanderley de Siqueira (á esquerda na foto ao lado), 16 anos, e Thayná de Souza Vasconcelos (á direita na foto), 15 anos, estudantes do colégio da Aplicação da UFPE nos concederam uma entrevista na hotel Windsor Marapendi no Rio de Janeiro, onde os medalhistas do Brasil todo ficaram hospedados para a premiação da OBMEP 2016. Veja abaixo
A partir de quando você se interessou por Matemática?
Bruna: Na quarta série, quando percebi que tinha facilidade.
Thayná: Eu sempre tive um certo interesse na área, mas acredito que só a partir do 6º ano que percebi.
Qual é a parte da Matemática que você mais gosta? Por que?
Bruna: Álgebra, porque tem mais emoção e cálculo.
Thayná: Problemas de lógica com atividades cotidianas, pois despertam sua criatividade, não tornando a área uma ‘‘caixa fechada’’.
Você pretende seguir a carreira de matemática ou uma carreira em engenharia, ciência da computação ou física?
Bruna: Não sei.
Thayná: Acredito que não, é algo que eu gosto e me interessa, mas não consigo me imaginar em uma carreira.
O que seus pais dizem a respeito de seu gosto pela Matemática?
Bruna: Incentivam e apoiam.
Thayná: Eles me incentivam bastante a estudar, fazer cursos e Olimpíadas, me apoiam em
áreas de conhecimento que me interessem.
Você sentiu que ao se preparar e participar da OBMEP você passou por algum obstáculo/dificuldade diferente pelo fato de ser menina?
Bruna: Não.
Thayná: Durante a preparação não, mas ao participar de eventos ou provas eu de certa forma sinto um preconceito por ser minoria.
Você acha que de um modo geral as meninas não se sentem motivadas pela Matemática?
Bruna: Sim, embora tenham oportunidade, não há incentivo.
Thayná: Acredito que não nos sentimos motivadas pelo preconceito e pela mínima parcela que representamos.
O que participar da OBMEP mudou na sua vida?
Bruna: A oportunidade de participar do PIC.
Thayná: Me deu oportunidades de participar de eventos, viagens, cursos e etc, que com certeza me motivaram.
Deixe uma mensagem de motivação para estudar matemática para outras meninas da sua idade.
Bruna: A gente pode chegar aonde a gente quiser! Só precisa ir e tentar.
Thayná: Não se deixem levar pelo preconceito, parace clichê, mas vocês não são menos capazes, é com essa resistência que nos tornamos uma parcela maior.